A raiz dos estudos sobre a Teoria de Estágios de Crescimento em Administração de Sistemas de Informação (SGT/MIS) vem da pesquisa conduzida na Harvard Business School pelos professores Neil C. Churchill, James L. McKenney, F. Warren McFarlan e por Richard L. Nolan, nos anos 70. Os conceitos originais por trás da Teoria dos Estágios de Crescimento de Nolan (NSGT) foram propostos por Richard L. Nolan em 1973 no artigo "Managing the Computer Resource: A Stage Hypothesis", publicado no periódico acadêmico Communications of ACM, quando a hipótese da descrição dos estágios foi apresentada, tomando como base um estudo com despesas em Processamento de Dados (PD).

Na primeira versão do Modelo de Estágios de Crescimento de Nolan (NSGM), apresentada em 1973, Nolan sugeriu um modelo descritivo em que o planejamento, organização e controle de atividades organizacionais associados à assimilação de tecnologias de computador - atualmente, iniciativas de Tecnologia de Informação e Comunicação/Sistemas de Informação (TIC/SI) - mudariam em características durante um período de tempo, e poderiam evoluir em padrões correlacionados com quatro estágios, I-Iniciação, II-Contágio, III-Controle, IV-Integração (Nolan, 1973, p. 401). Na versão posterior do NSGM, apresentada preliminarmente em 1975, o estágio III foi dividido para incluir dois outros estágios, totalizando seis estágios (Nolan, 1975, 1979): I-Iniciação, II-Contágio (também conhecido como 'Expansão'), III-Controle (também conhecido como 'Formalização'), IV-Integração, V-Administração de Dados e VI-Maturidade, conforme surgiam os estágios baseados na Aprendizagem Organizacional. Diretrizes para ações foram estabelecidas para tornar a mudança um processo proativo e gerenciado, ao invés de um processo reativo ao ambiente.

A literatura acadêmica das últimas décadas menciona o grande esforço de muitos pesquisadores para desenvolver modelos de estágios de crescimento, que fossem validados de maneira teórica e empírica. Muitos pesquisadores se empenharam para acessar a validade e plausibilidade do modelo Nolan, uma das estruturas mais conhecidas, debatidas e controversas para descrever os padrões típicos de desenvolvimento das iniciativas de TIC/SI nas Organizações, com alto nível de interesse e aceitação entre os profissionais, como uma valiosa teoria com base empírica e aceita para descrever o gerenciamento da mudança tecnológica ao longo do tempo.

Por outro lado, outros estudos publicados na literatura acadêmica sobre o NSGM enfatizam que o modelo não foi completamente confirmado por meio de testes estatísticos, ou devido à falta de adequação dos questionários usados na captura da essência do modelo dos estágios, ou pela falha na realização de testes de confiabilidade e validade nos instrumentos de mensuração. Alguns relatam que as bases empíricas do modelo são questionáveis, e há a percepção que o modelo foi testado de forma inadequada por estar subespecificado, já que Nolan não definiu explicitamente sua própria operacionalização do modelo (permanecendo proprietário), outros pesquisadores utilizaram percepções próprias para a fundamentação das medidas de maturidade.

A chegada de novas tecnologias, bem diferentes das existentes nos anos 70, tais como: Analytics e orientação por dados, Inteligência Artificial (AI), Blockchain, Internet das Coisas (IoT), etc., com adoção e difusão nas Organizações, exige novas abordagens do modelo de Nolan em termos de sua implementação e gestão.